quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O sentido das eleições (Coluna Cena Política - Rádio Catedral FM 102,3)

Olá, boa tarde! Depois de quase um mês de campanha eleitoral em ritmo acelerado, acho um bom momento para refletirmos sobre o sentido das eleições na democracia. Mais do que a simples troca dos governantes, as eleições constituem o momento singular no qual a grande maioria dos cidadãos, pouco envolvidos com a política no seu dia-a-dia, é convidada a participar do processo na escolha dos seus representantes e, no limite, expressão da sua vontade. Não por acaso, a Justiça Eleitoral tem realizado massivas campanhas sobre a importância do voto na definição do futuro de todos nós. Nessa direção, o sentido das eleições é principalmente construir um grande momento de inflexão sobre os problemas do país, suas carências, realizando um honesto balanço do passado e uma promissora aposta no futuro. Sim, pois por mais que o voto seja decidido com base na empatia ou racional análise das propostas, ele é sempre uma aposta na esperança de que os candidatos em disputam atendam às expectativas que temos de melhora das nossas vidas. Entretanto, o que vemos no presente? Tudo, menos isso. Creio que vivenciamos um amplo e triste processo de despolitização das eleições ou de perda do seu sentido. Na ausência de uma oposição consistente, a indicação do presidente Lula da sua sucessora graça, contanto com uma pane na estratégia do PSDB. Fala-se do vazamento de informações da Receita Federal, do passado de Dilma na luta armada durante da Ditadura Militar, da existência de um meio-irmão búlgaro que teria sido abandonado na miséria, e até da possibilidade de ser Serra o sucessor mais adequado do PT, negligenciando o que o governo Fernando Henrique Cardoso fez para o Brasil, de bom e de mal. O vazamento de dados da Receita é um caso grave e que deve ser combatido. O curioso é apenas ver que muito mais se discute a ligação do caso ao PT, do que falhas no sigilo das informações. O saldo, a meu ver, é de que não se discute política. Os problemas do país passam ao largo de debates sobre o passado familiar de Dilma, por exemplo. Mais do que isso, a oposição parece ter perdido a chance de fazer política, marcando sua identidade frente ao governo Lula, e optou pela problemática estratégia de fazer das eleições um caso de polícia. Tal decisão cobrará, num futuro próximo, o seu preço. Torço para que os eleitores revertam o que as campanhas vêm promovendo e cobrem, de fato, um debate sobre o Brasil. Boa tarde a todos e até o Cena Política da semana que vem!
A coluna Cena Política vai ao ar todas as quintas (por volta das 14:30h), na Rádio Catedral FM 102,3.

domingo, 5 de setembro de 2010

Painel - Tribuna de Minas

Pane na estratégia

Entre a polícia e a política, o episódio de quebra do sigilo fiscal da filha do candidato José Serra tem dois olhares: o Governo considera que é um assunto para a Polícia Federal, enquanto a oposição leva o debate para os palanques. Tal escândalo tem chances de mudar o cenário das pesquisas, nas quais a candidata Dilma Rousseff lidera? Para o professor Diogo Tourino, da Universidade Federal de Viçosa, isso só deverá ocorrer se o PSDB tiver novas informações vinculando diretamente o ocorrido à candidata petista. “O que ora ocorre atesta, isso sim, uma pane na estratégia de campanha tucana. O grande erro foi não ter defendido, antes, o Governo FH, buscando, com isso, distinção em relação ao Governo Lula”, observou. Para o cientista político, abandonar o ex-presidente fez com que Serra ficasse sem norte. Acrescenta que Dilma precisa derrapar feio para perder as eleições.

Não afeta

Mestre e doutorando pelo Iuperj, o professor Diogo Tourino observa que a quebra de sigilo deverá ser diluída naquilo que a campanha de Dilma tem de mais forte: “O voto retrospectivo com fundamento econômico - na linguagem da ciência política - ou mais dinheiro e maior poder de compra definindo o candidato em que a grande e esmagadora maioria dos brasileiros votará”. As pesquisas confirmam sua ascensão.

Incapacidade

Finalmente, o cientista político adverte para a desqualificação da política que pode ser observada em algumas candidaturas. Ele cita especialmente os casos do comediante Tiririca e da animadora de palco Mulher Pêra, ícones da despolitização e despartidarização. Tourino lamenta o fato de a eleição nacional não ser capaz de construir um momento de grande inflexão dos problemas nacionais.

Com legenda

A Câmara promulgou projeto vetado pelo Executivo, de autoria do vereador Dr. Luiz Carlos, tornando obrigatória a instalação de placas informativas sobre a existência de equipamentos de aferição de velocidade em sinalização horizontal, por meio de legendas, e em sinalização vertical, por meio de braço projetado. As placas indicarão a existência de radares, pardais e lombadas eletrônicas. Junto a isso, a frase “Não corra, não bata, não mate, não morra”.

Feriadão

A cidade para amanhã em razão do feriado de terça-feira. As repartições públicas funcionarão apenas em regime de plantão, como é o caso da Justiça Eleitoral. Bancos e comércio terão movimento normal, mas, quando ocorrem feriados esticados como este, o movimento cai acentuadamente. O Sindicomércio e a Câmara dos Dirigentes Lojistas entendem que as vendas nos demais dias da semana também ficam comprometidas.

Publicado no jornal Tribuna de Minas, Juiz de Fora-MG (05 de setembro de 2010).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pô, Jabor, vamos ouvir uma musiquinha! (O Globo - Segundo Caderno)


Um arrepio de amor pelo Brasil

Arnaldo Bloch

Prezado xará Jabor, estava lendo dias atrás sua coluna sobre os arrepios que vem sentindo diante do cenário eleitoral (com Serra ou com Dilma, uma grande cilada nos aguardaria!), e dos perigos de nosso atual momento, no qual estaríamos cercados por forças que, de um modo ou de outro, nos levarão às trevas da mais inexpugnável opressão. Jabor, eu aqui declaro: ao contrário de você e de tanta gente à minha volta, ainda não escolhi meu candidato. Que nem disse o Jards Macalé: “Meu voto é tão secreto que eu mesmo desconheço.” Além disso, Jabor, não sou analista situacional nem tenho a sua bagagem em vivência de processos políticos traumáticos. Nasci em 1965, meus pais não eram ativistas, minha família não rezava por cartilhas muito libertárias. Por motivos de superproteção materna maior, não frequentei os movimentos da esquerda sionista (pô, mamãe!). Fiquei mesmo ali, na santa ignorância sobre o arbítrio e a violência do regime, até a sua abertura.

Entre um Dostoievski, um Kafka, um Hess e um Ionesco, abria os jornais locais e relaxava com os quadrinhos e os esportes. Achava Médici um velhinho simpático (o único defeito era ser Flamengo) e me emocionava com as paradas militares. Até hoje, quando ouço ruídos de helicóptero em domingo de sol, volta-me aquela sensação de conforto alienado. E fico com um baita sentimento de culpa.

Em compensação, minha primeira grande emoção cívica esclarecida (até onde era possível ser esclarecido) foi de lavar a alma: a corrente das Diretas Já, a vigília, o comício do milhão na Candelária. O pano da censura baixou e eu bebia, no teatro, no cinema, nas artes, nos jornais, essa água nova do saber. Na faculdade, liberto do cerco familiar, integrei uma turma que já via como anacrônicas as “questões de ordem” dos veteranos engajados e, ao mesmo tempo, negava as ondas de caretice da direita tecnocrática que se insinuava na arena do movimento estudantil.

Sabe, Jabor, gosto muito da sua verve e aprecio seu alarmismo quando ele traz junto uma autoironia redentora, uma confissão da própria paranoia, um reconhecimento do pathos do seu discurso, aquela coisa do bode preto, do seu bode preto, estar sempre à espreita. Mas ao tomar o trem de seus arrepios recentes, confesso que senti também um arrepio, provocado pelo seu desencanto e pela sua desesperança no povo brasileiro. Bati na folha do jornal e disse: não, não e não! Não vou crer que os tais 80% de Ibope a que você se refere sejam compostos de uma substância humana miseravelmente iludida, incapaz de contemplar o andar da carruagem, desprovida de qualquer juízo. O brasileiro tem lá suas carências de educação e de proteína, mas não consigo, não consigo mesmo, ver esse povo, passadas duas décadas e meia do início da redemocratização, caminhar no escuro, ou na direção do abismo.

Vejo, sim, um país que, por obra do eleitor, levou Collor, FH e depois Lula ao poder e que, através de suas escolhas, certas ou erradas, deu um belo passo no sentido da consolidação do tal processo democrático. Olha Jabor, não vejo encanto em nenhum dos candidatos. Não é, aqui, uma questão de preferência, mas de referência. Talvez por ser um filho da ignorância que de repente acordou na grande virada; ou talvez por ser menos marcado por convulsões radicais eu tenha esta percepção positiva. Por outro lado, há fatos a apoiá-la: independentemente dos desmandos desse o ou daquele, dos equívocos, das apropriações de ideias, há uma verdade indiscutível: não veio a ruptura institucional que tantos temeram.

O Brasil foi, e é, maior que Lula, maior que FH, que Dilma, que Serra, que os Arnaldos, os jabores e os blochs. O Brasil é esse bêbado equilibrista que não caiu. Que estabilizou a moeda e a manteve estável. Que não fechou o Congresso. País onde as instituições e os meios de difusão de informação têm lá suas turras, mas a imprensa está aí, dialogando com a sociedade e com as esferas políticas em meio à transformação revolucionária, para o bem e para os males, que ocorre na tecnologia. Sei lá, Jabor. Essa sua ideia do perigo iminente — ou será imanente? — me lembrou um pouco a Regina Duarte em 2002, dizendo que íamos mergulhar na hiperinflação.

Não vamos mergulhar em nada, nem a curto nem a médio prazo. Acho, sim, que o homem, num âmbito global, tem questões fundamentais a resolver sobre sua relação com o meio ambiente, com os recursos, com sua distribuição. O Brasil, por outro lado, vejo mais como uma nação que cresce do jeito que uma sociedade democrática recente (onde vigora, incontestável, e mais do que nunca, o capitalismo) consegue crescer. Um país com um passado pleno de conflitos, estruturas ainda muito viciadas, que evolui.

Os arrepios que venho sentindo, Jabor, são de ordem sensorial, no sentido do belo. Arrepios ao tocar um pianinho. Ao sentir o vento dourado de poente invernal varrer da cuca o bode preto. Arrepio dessa aragem boa que qualquer um, no carro, no asfalto, no morro, pode sentir, irmanando-se. Arrepio com um romance filosófico da lavra de “Paisagem com dromedário”, de Carola Saavedra. Arrepios de bicicleta. Da crença súbita no amor. E no amor ao Brasil. Ao que somos. Ao que fizemos até aqui. Na boa, Jabor. Pô. Vamos ouvir uma musiquinha. Dar uma respirada.

Publicado originalmente no jornal O Globo (Segundo Caderno), 21 de agosto de 2010.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tiririca, ou sempre pode piorar... (Coluna Cena Política - Rádio Catedral FM 102,3)


Olá, boa tarde! Bastou o horário eleitoral gratuito de rádio televisão começar para que os novos personagens do que vem sendo chamado de “circo eleitoral”, ganhassem o conhecimento do grande público. A cada eleição uma infinidade de candidatos invade o cotidiano dos brasileiros, ocupando o restrito espaço que cabe aos postulantes dos cargos do Legislativodeputados federais e estaduais –, com mensagens que oscilam entre o burocrático e o ridículo. A necessidade de chamar a atenção do eleitor em meio a um mar de candidatos indistintos, por vezes sugere a estratégia do ridículo como alternativa preferencial. Assim, slogans de impacto ou um visual assustador são algumas das pérolas com as quais o eleitor se diverte, indigna ou simplesmente ignora. No entanto, aos que se ocupam da política enquanto matéria de estudo ou reflexão, o dado é perturbador. Fruto de uma legislação eleitoral que cobra reformas, a pouca representação ideológica dos partidos se pulveriza numa salada de candidatos, dispersos em busca de votos e concorrendo, por vezes, contra membros do próprio partido ou coligação. Desnecessário dizer que a reforma política é um tema polêmico entre os parlamentares brasileiros, basta ver como o grande sucesso desta eleição, a lei da “ficha limpa”, foi construída pela sociedade civil e não pela representação instituída. Mesmo assim, a cada propaganda eleitoral que se inicia a constatação de que os discursos mobilizados em pouco se ocupam da politização da escolha desperta, no limite, para a necessidade de pensarmos com mais cuidado as eleições no país. O melhor exemplo do presente é, sem dúvida, o músico e comediante Tiririca, ambas as qualidades contestáveis, candidato pelo PRN de São Paulo ao cargo de Deputado Federal. Sua estratégia para “aparecer” ante o eleitor é assumir deliberadamente a postura de “palhaço”, no já alardeado “circo eleitoral”, encerrando sua aparição com o slogan: “Vote em Tiririca, pior do que está não fica”. A mensagem é despolitizada, despartidarizada e extremante perigosa no momento em que vivemos, onde impera a desconfiança nas instituições políticas e na própria classe política. Trocas eleitorais neste país tendem, historicamente, a ser dramáticas. Mas positivamente vimos nos últimos anos a consolidação da democracia entre nós, tendo como o resultado disputas sucessivas, imprensa livre, incremento dos mecanismos eleitorais, combate à corrupção, só para lembrarmos de alguns exemplos. Sempre digo que ainda temos muito por fazer. Porém, em meio a um processo eleitoral, quando a sociedade deve refletir questões cruciais da sua agenda, mensagens de descrença no que conquistamos de bom, como seu os meus exemplos fossem os únicos, não ajudam. Creio que o mundo sempre pode ficar pior, ou melhor, depende das nossas escolhas. Boa tarde a todos e até o Cena Política da semana que vem!
A coluna Cena Política vai ao ar todas as quintas (por volta das 14:30h), na Rádio Catedral FM 102,3.

I Semana Acadêmica de Ciências Sociais da UFV - "Ciências Sociais e Vida Pública" (divulgação)

Objetivo:

A I Semana Acadêmica de Ciências Sociais da Universidade Federal de Viçosa tem o objetivo de fomentar o debate científico e tecnológico na UFV, bem como o intercâmbio com pesquisadores de instituições convidadas. O evento tem como tema “Ciências Sociais e vida pública”, com o objetivo de discutir a inserção dos cientistas sociais na vida pública brasileira, seus problemas e desafios, e a reflexão sobre questões presente na agenda política nacional.

Justificativa:

A intelectualidade no Brasil demonstrou, ao longo de sua trajetória, uma particular vocação pública em diferentes períodos da história do país. Tal particularidade sobressai no exame dos temas que ocuparam a inteligência nacional, conformada segundo a íntima proximidade estabelecida com o público e com discussões acerca do interesse comum. Mesmo tendo que se adaptar a diferentes soluções institucionais ao longo da trajetória de modernização – como as Academias, Universidades e, mais recentemente, as ONGs –, a organização da atividade intelectual no Brasil demonstrou um interessante padrão de continuidade, como argumentou recentemente[1] a atual presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), a professora Maria Alice Rezende de Carvalho (PUC-Rio).

Segundo ela, ao passo em que a monarquia brasileira adotou os intelectuais como parte constitutiva do seu poder, conferindo-lhe uma evidente dimensão pública e destaque para os “temas da política, da institucionalização dos mecanismos de poder e de ordenação do mundo público”, a república voltou-se “para a sociedade, para as relações mediadas pelo mercado e para os padrões de diferenciação social que operam na estrutura da ordem moderna”, sem, no entanto, extrair “a experiência dos publicistas, (...) cuja autonomia derivava de sua peculiar inscrição social, como membros de uma elite sem amarras no mundo mercantil (...) portadores de uma representação do país fortemente encapsulada por categorias e esquemas mentais do período anterior” (Carvalho, Maria Alice. 2007, p. 20-21, obra citada).

A permanência dessa vocação, apontada na organização da inteligência brasileira, nos ajuda a compreender igualmente o papel desempenhado pela atividade intelectual nas transformações ocorridas no início do período republicano: ao abrigar igualmente o discurso dos publicistas, a organização republicana abriu a possibilidade para que o projeto de 1891 fosse compreendido a partir da perda da “grande obra do Estado centralizador”, como na conhecida formulação de Oliveira Vianna, gerando uma crescente hostilidade dos intelectuais em relação aos direitos individuais e promovendo, por fim, a defesa de um Estado intervencionista que se consolidaria em 1930 – ou efetivamente apenas em 1937 –, subordinando os interesses individuais a uma “razão nacional”. Isso nos permite dizer que “o Estado Novo recuperou a política imperial de fazer da cultura um assunto de interesse público e (...) conferiu a [sociologia] papel destacado na construção de consenso em torno dos objetivos da modernização” (ibidem), reforçando, de alguma forma, um padrão de comportamento preexistente.

A constância dessa vocação pública presente na intelectualidade nacional é apontada, ainda, na forma como a inteligência buscou recentemente novas formas de inscrição no mundo público, como o exemplo das ONGs, sem descuidar, é claro, da sua presença nas Universidades, Associações e Academias científicas. Em linhas gerais, os intelectuais no Brasil não se esquivaram do debate de assuntos caros à organização política, diminuição da desigualdade, combate à corrupção, dentre outros temas presentes na agenda pública do país, durante a maior parte de sua história, com a triste nota de que sua ausência coincidiu, quase sempre, com a ascensão de períodos autoritários.

Tal vocação tem sido apontada também no cenário internacional, como o discurso de posse de Michael Burawoy na Associação Sociológica Americana, pronunciado em agosto de 2004, demonstra[2]. Segundo ele, a capacidade de tornar públicos problemas privados seria um modo de regenerar a fibra moral da sociologia, reivindicando um necessário engajamento da disciplina sem, no entanto, comprometer a objetividade científica. Burawoy atenta para a chance de recuperarmos a própria idéia de público, corrompida ante o avanço do mundo do mercado, enfatizando a defesa de valores humanos no aprimoramento das relações sociais.

Dessa forma, refletir o modo como os cientistas sociais se ocuparam do debate público ao longo de sua trajetória, avaliando a importância e os problemas de tal presença, permitirá uma reflexão maior sobre o padrão de produção das ciências sociais no Brasil e os temas que ocuparam a inteligência nacional. Em outras palavras, parte dos desafios que têm incomodado a ciência social não só no Brasil pode encontrar respostas para reavaliação de sua tradição.



[1] Maria Alice Rezende de Carvalho vem, desde a publicação do artigo “Temas sobre a organização dos intelectuais no Brasil” (RBCS, vol. 22, no. 65, pp. 17-31), reforçando o papel público da intelectualidade nacional, como no seu discurso de posse na presidência da ANPOCS em 2008.

[2] O discurso de Michael Burawoy foi publicado na American Sociological Review em 2005, conforme a tradição da Associação Sociológica Americana.

Programação:

Turno

Segunda (20/09)

Terça (21/09)

Quarta (22/09)

Quinta (23/09)

Sexta (24/09)

Tarde

(15-18h)

Mini-curso 01

“Políticas Públicas e Educação"

Rodrigo Ednilson de Jesus

(UFVJM)

Mini-curso 02

“Antropologia Urbana”

Douglas Mansur (UFV)

Mini-curso 03

“Antropologia da Religião”

Marcelo Camurça

(UFJF)

Mini-curso 04

“Pensamento Social Brasileiro”

Fernando Perlatto

(UFJF e CEDES)

Noite

(19-22h)

Abertura

Mesa 01

“Conjuntura nacional”

Bruno Reis

(UFMG)

Rubem Barboza Filho

(UFJF)

Jeferson Boechat

(UFV)

Moderação:

Daniela Rezende

(UFV)

Mesa 02

“A produção das Ciências Sociais no Brasil: temas e tendências”

Gláucio Soares (IUPERJ)

Renato Lima (SEADE)

Moderação:

Marcelo Durante

(UFV)

Conferência

“Trajetória Acadêmica e Vida Pública”

Luiz Werneck Vianna

(IESP-UERJ e CEDES)

Moderação:

Diogo Tourino de Sousa (UFV)

Mesa 03

“Desafios da Sociologia na investigação da Ciência e da Tecnologia”

Maíra Baumgarten

(UFRGS)

Tamara Benakouche (UFSC)

Moderação:

Daniela Alves

(UFV)

Mesa 04

“Corrupção e cultura política no Brasil”

Fernando Filgueiras

(UFMG)

Raul Francisco Magalhães

(UFJF)

Moderação:

Marcelo Oliveira

(UFV)

Maiores informações:

Departamento de Ciências Sociais da UFV: (31) 3899-3450

C.A. de Ciências Sociais - e-mail: cacisufv@gmail.com